Caso Henry Borel: Vereador tentou apressar liberação do corpo

Da coluna de Juliana Dal Piva no UOL:
O vereador do Rio Dr. Jairinho (Solidariedade-RJ), padrasto de Henry Borel, tentou fazer uma liberação rápida do corpo do menino de 4 anos no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, sem que o cadáver fosse enviado para o Instituto Médico Legal para produção de laudo de necropsia. Henry morreu no último dia 8 e o caso está sendo investigado pela 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro.
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Nesta semana, os policiais estão ouvindo testemunhas. A equipe médica que atendeu o menino já prestou depoimento. As três pediatras informaram aos policiais que a criança já chegou sem vida na unidade de saúde. As médicas também relataram à polícia que Henry apresentava lesões no corpo. Com isso, o protocolo de mortes violentas exige que seja feito o encaminhamento para análise dos peritos do IML. No entanto, o vereador tentou junto à equipe médica e depois com outros funcionários do hospital Barra D’Or fazer uma liberação rápida, sem que o corpo fosse para o IML. A coluna apurou que, além de mensagens, ele fez diversas ligações fazendo o mesmo pedido.
As solicitações foram negadas pela equipe do hospital devido às lesões vistas, algumas nos braços do menino. Depois, nos laudos de necropsia feitos pelo IML, elas também foram verificadas. O laudo de necropsia atestou que Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, além de outras lesões na cabeça e no tórax.
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