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Caso Karol Conká mostra mais sobre tempos de hoje do que sobre ela, dizem psicanalistas

Karol Conká.
Foto: Reprodução/TV Globo

Da Folha de S.Paulo.

A 21ª edição do Big Brother Brasil reuniu, até agora, um combo de acontecimentos históricos na televisão brasileira. Nesta edição do reality, já foram dois recordes de eliminação consecutivos, o primeiro beijo gay, o maior número de participantes negros. E, é claro, Karol Conká.

A rapper curitibana de 34 anos fez seu nome como a maior vilã da história do programa sem que tenha passado mais de um mês dentro dele. O rótulo rendeu a ela contratos cancelados, ameaças e impressionantes 99,17% de votos pela sua eliminação, ocorrida nesta semana.

As atitudes da cantora dentro do BBB, no entanto, podem dizer mais sobre as relações sociais do mundo hoje do que sobre a sua personalidade.

Isso porque é cada vez mais comum projetarmos, em nós ou nos outros, heróis sobre-humanos que, em pouco tempo, acabam devorados pelas próprias ilusões de quem os idealizou. É o que diz o psicanalista e escritor Christian Dunker, vencedor do prêmio literário Jabuti em 2012, na categoria de psicologia e psicanálise. (…)