Caso Lucas Penteado reflete podridão do identitarismo na Globo, afirma Partido da Causa Operária

Lucas Penteado no BBB
Do Diário da Causa Operária, do PCO.
Há algum tempo tem ficado bastante claro que o identitarismo é uma ideologia impulsionada pelo imperialismo. Com origem nas universidades dos países imperialistas, produzida por intelectuais pequeno-burgueses, o imperialismo reconheceu nessas ideias uma maneira de mobilizar a classe média esquerdista, desviando os movimentos da luta de classes, diante da crise dos regimes políticos.
A coisa tomou proporções tão grandes que grandes monopólios capitalistas adotaram a demagogia identitária. No Brasil, um dos principais porta-vozes do imperialismo, a rede Globo, segue exatamente essa política demagógica, que chegou a tal ponto que a esquerda passou a elogiar uma série de iniciativas da Globo como se seu identitarismo significasse algum avanço na luta dos movimentos populares.
O que está acontecendo no programa Big Brother Brasil desse ano é um exemplo muito claro do que é a ideologia identitária. Vendo a repercussão do programa no noticiário e nas redes sociais, tem-se a impressão de que a rede Globo escolheu os participantes para agradar o público de classe média de esquerda, envolvida no identitarismo. Provavelmente a emissora descobriu que boa parte do público do BBB era a esquerda pequeno-burguesa e a classe média bem pensante. O que, diga-se de passagem, mostra o baixíssimo nível intelectual dessa esquerda.
A primeira constatação deveria ser justamente sobre o destaque que a Globo está dando aos identitários. Qual o interesse da Globo em divulgar o identitarismo?
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A divulgação do identitarismo é tão absurda que alguns setores da esquerda interpretaram o que está acontecendo no BBB como uma política da Globo para desmoralizar a esquerda. A Globo estaria forçando os acontecimentos dentro da casa como uma maneira de provar que o identitarismo não funciona.
Explicando melhor, o objetivo da rede Globo seria desmoralizar o movimento identitário, forçando e divulgando situações de conflito que levariam a uma indisposição da população para o identitarismo.
Essa tese poderia ser correta não fosse uma coisa: o que está acontecendo no BBB, por mais manipulado que seja, retrata exatamente a mentalidade e o comportamento dos identitários. O mais provável é que a Globo tenha escolhido o BBB como mais um programa para divulgar o identitarismo e controlá-lo de acordo com seus interesses, como já vem acontecendo em novelas e no noticiário da emissora.
Seja lá como for, o fato é que com o apoio da rede Globo, é difícil acreditar que o identitarismo possa ser minimamente uma ideologia progressista. O BBB apenas deixou mais claro o que já era óbvio: trata-se de uma ideologia reacionária.
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Em pouco tempo de programa, os telespectadores já viram de tudo. O identitarismo apareceu de várias maneiras.
A pessoa que cancelava as outras passou a ser cancelada. O negro que beijou um homem passou a ser acusado de estar se aproveitando do outro e foi humilhado. A rede Globo cancelou um programa que iria estrear com uma das participantes após o BBB e a justificativa foi contra a “cultura do cancelamento”, parece até piada, mas não é.
A pessoa em questão é Carol Conká, que na casa mostrou-se a maior defensora do identitarismo e que se sente, por isso, no direito de humilhar as outras pessoas que ela considera não estar de acordo com o que ela acredita. Seu comportamento é tão absurdo que a rede Globo cancelou um contrato com ela, previsto após o BBB. Seria o “cancelamento do cancelamento”.
O participante Lucas Penteado saiu da casa por não aguentar as humilhações dos outros. Humilhações motivadas pelo identitarismo. Um detalhe importante é que Lucas é filiado ao PCdoB, partido que adotou a demagogia identitária como toda a esquerda pequeno-burguesa.
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