Caso Marcelo Arruda e ‘ódio bolsonarista’ são monitorados pela ONU

Foto por: Reprodução/Facebook
O assassinato a tiros do dirigente petista Marcelo Arruda pelo militante bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR), motivou o encaminhamento de uma denúncia à ONU com relatos da violência política ensejada pelo “ódio bolsonarista” nos últimos quatro anos.
O deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP), que assinou um documento, elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, enumera uma série de 13 ataques atribuídos a bolsonaristas. Entre esses casos, outros dois assassinatos. Para o deputado, o assassinato de Marcelo Arruda é como “o ápice de uma escalada de violência” protagonizada por eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Espero que essa tragédia tenha servido de alerta para as autoridades. Mas o maior receio é que casos assim possam voltar a acontecer”, disse em entrevista ao UOL.
Tiago Lisboa Mendonça, promotor do Ministério Público do Paraná responsável pela denúncia contra Guaranho pelo crime, reconhece a relação entre o crime e um contexto de violência política no Brasil. “É óbvio que a gente não pode desassociar todo esse contexto. Mas a análise do MP se limita ao caso específico. E salta aos olhos que houve uma motivação fútil em razão de uma divergência política, que consta expressamente na denúncia”, pondera.