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Casos de feminicídio disparam no Rio

Bianca Lourenço, de 24 anos (E) e Natália da Silva Fonseca Souza, de 29, foram mortas Foto: Reprodução / Redes Sociais

De Ana Carolina Torres, Carolina Heringer e Marjoriê Cristine no Globo.

Menos de duas semanas depois de a juíza Viviane Vieira do Amaral ter sido assassinada a facadas pelo ex-marido na frente das três filhas, na Barra da Tijuca, novos casos de violência contra a mulher voltam a assombrar o Estado do Rio. Em 36 horas, três jovens foram vítimas de feminicídio na Penha, na Zona Norte da capital, e nas cidades de Paraty e Teresópolis. Um levantamento do Instituto de Segurança Pública mostra que, em 2019, aconteceram 85 casos de feminicídio no Estado do Rio, um aumento de 19,7% em relação a 2018, que teve 71 registros. Os números de 2020 ainda não foram divulgados, mas o ano já ficou marcado pelo assassinato da juíza carioca que chocou todo o país.

No Rio, três mulheres tiveram as vidas interrompidas. Na cidade da Região Serrana, Natália da Silva Fonseca de Souza, de 29 anos, foi morta a tiros em casa, na localidade de Jardim Feo, no bairro de Barra do Imbuí, na noite de segunda-feira, dia 4. O suspeito é seu ex-marido, Alexsandro Fonseca de Souza, que tentou se suicidar e está hospitalizado. Ele foi autuado em flagrante. No mesmo dia, quase 12 horas antes, uma adolescente de 14 anos não resistiu a disparos que teriam sido feitos por um ex-namorado em Paraty, na Costa Verde. E, na capital, a Polícia Civil investiga o desaparecimento de Bianca Lourenço, de 24: há a suspeita de que um traficante da Favela da Kelson’s mandou executá-la por ciúme.

No Brasil, dados do Fórum de Segurança Pública mostram que, em 2019, mais de três mulheres foram vítimas de feminicídio por dia. Em apenas um ano, 1.326 famílias perderam uma mãe, uma filha, uma irmã, para esse tipo de crime. Em quase 90% dos casos, o assassino foi o companheiro ou o ex-companheiro da vítima. 

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