Castillo pode ser primeiro socialista a governar o Peru

No domingo (06), peruanos votam no segundo turno da eleição presidencial entre dois candidatos completamente opostos, que representam, de um lado, a política tradicional populista e, do outro, a promessa de guinada total no sistema em vigor no país.
Com todas as suas controvérsias e suas propostas ousadas de refundação do Estado Peruano com uma nova Constituição que derrube a carta constitucional da ditadura de Alberto Fujimori, o professor e sindicalista Pedro Castillo pode ser o primeiro socialista a governar o Peru se ganhar de Keiko Fujimori, filha do ex-ditador. A votação está sendo chamada de “histórica” entre analistas e eleitores peruanos, em meio a uma crise política e sanitária que não tem precedentes.
Keiko defende a manutenção das regras econômicas atuais, como o livre comércio e medidas que facilitem os investimentos externos, incluindo a mineração, um dos alvos nos planos de nacionalização de seu opositor – a quem ela costuma se referir como representante do “comunismo”.
“O problema de Keiko são as bagagens que carrega, uma de seu pai e outra de si mesma”, disse à Reuters o analista político Fernando Tuesta. Para ela e para seus eleitores, porém, o opositor Castillo representa a “imprevisibilidade”. Já para os apoiadores de Castillo, ele simboliza a esperança da “inclusão”, num país com as bases econômicas nos trilhos, mas que, apesar dos números, não levou o estado de bem estar a todos
Com informações da BBC.