Castro ameaça tirar cargos do União Brasil para pressionar saída de Garotinho da disputa

A pré-candidatura de Anthony Garotinho (União Brasil) ao governo do Rio de Janeiro estremeceu os caciques do próprio partido e o governador Claúdio Castro (PL), que não ficou muito contente. Alguns deputados estaduais do próprio partido, como Luiz Martins e Thiago Pampolha, além de membros das famílias Cunha e Brazão – as quais acumulam indicações para postos no governo – agem junto com Castro para mudar os rumos do anúncio de Garotinho.
Caso a pré-candidatura seja mantida, cargos em secretárias estratégicas do estado, como Transportes, Meio Ambiente e Habitação, serão pedidos de volta. Após o presidente estadual do União ser chamado ao Palácio do Guanabara e ouvir a ameaça, o partido emitiu um comunicado dizendo que ”a maioria dos filiados” apoiava Castro.
Contudo, a candidatura de Anthony também afetou outros setores do União ligados à igreja evangélica, como o vereador Alexandre Isquierdo, apadrinhado pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que atua como coordenador da área religiosa no comitê de pré-campanha de Castro.
“Ninguém sabe exatamente o que fazer. A executiva nacional do União lançou a pré-candidatura do Garotinho e, com isso, haveria a necessidade de um desembarque, de abrir mão de alianças já formadas. Acontece que ninguém sabe, exatamente, se o Garotinho estará elegível”, declarou um membro do partido.