CBF apresenta implantação do Fair Play Financeiro para clubes a partir de 2026; entenda

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou oficialmente o plano de implantação do Fair Play Financeiro no Brasil. O sistema, que começa a valer em janeiro de 2026, tem como objetivo principal impulsionar a responsabilidade fiscal entre os clubes, equilibrando receitas e despesas para combater as crises econômicas crônicas do futebol nacional.
A implementação será gradual, com regras mais duras entrando em vigor progressivamente até 2029. Nesse ano, os clubes deverão limitar seus gastos com salários e amortizações de atletas a, no máximo, 70% da receita total. O endividamento de curto prazo não poderá ultrapassar 45% da receita. A fiscalização contínua sobre folha de pagamento e contratações se tornará mais rigorosa a partir de abril de 2026.
O projeto estabelece um sistema de punições progressivo para os infratores. Após uma primeira violação, que resulta em um plano de ação e monitoramento, as sanções se tornam mais severas. Elas incluem desde advertência pública e multas até a restrição de inscrição de atletas, dedução de pontos e até o rebaixamento compulsório da divisão.
Clubes em recuperação judicial ou acordo coletivo terão regras específicas. A partir de abril de 2026, suas folhas salariais ficarão congeladas no patamar médio dos três meses anteriores, e nas janelas de transferência, só poderão contratar se o valor gasto for igual ou inferior ao arrecadado com vendas, impedindo o aumento do endividamento.
