Celulares do miliciano Adriano da Nóbrega foram destruídos após cada ligação, diz TV

Celulares destruídos após cada ligação, casa em condomínio de luxo, trocas constantes de carros e investimentos em gado e cavalos. O Fantástico investigou como era a vida de foragido do miliciano Adriano da Nóbrega até ser morto pela polícia baiana, numa operação cercada de suspeitas.
Um condomínio de luxo à beira da praia, uma fazenda de gado no interior da Bahia e, finalmente, um sítio num lugar isolado. O Fantástico refez o percurso das últimas semanas do miliciano Adriano da Nóbrega até ser morto em uma operação policial no domingo passado (9).
Adriano era ex-capitão do Bope, o Grupo de Elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro, mas há seis anos tinha sido expulso da corporação por envolvimento com o jogo do bicho. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, Adriano era um dos líderes da milícia que atua nos bairros de Muzema e Rio das Pedras, no Rio.
Também segundo o MP, Adriano integrava uma suposta organização criminosa que praticava a rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Adriano receberia parte dos salários pagos a funcionários do gabinete que não apareciam para trabalhar, entre eles a mãe e a ex-mulher de Adriano. Ele também era suspeito de fazer parte do Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel.
Adriano estava escondido em um condomínio de luxo da Bahia pelo menos desde dezembro. Ele pagava R$ 1 mil de aluguel por dia, em dinheiro vivo. A casa escolhida ficava longe do portão principal do condomínio, e qualquer visita inesperada ainda precisaria passar por um segundo portão.
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