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Centrais reagem à tentativa de Guedes de jogar na conta do trabalhador nova CPMF

Funcionários vão para conselhos por “critérios estritamente técnicos” e rendas são legais, diz a assessoria de Guedes
Imagem: Wilson Dias/ABR

Do Estadão:

A intenção do governo de desonerar a folha de pagamentos com a redução do depósito das empresas no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de 8% para 6% dos salários, conforme revelou reportagem do Estadão, é uma tentativa de jogar nas costas dos trabalhadores os custos da criação de um imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

A opinião é de representantes de três entre as maiores centrais sindicais do País, que prometem se articular para evitar a redução, caso o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresente formalmente a proposta.

A Força Sindical foi a primeira central a se manifestar contra a alternativa. É uma ideia que tira da poupança trabalhador, no mínimo, 24% por ano, diz o presidente da entidade, Miguel Torres. “É uma reforma feita com o dinheiro do trabalhador. Guedes que vá taxar grandes fortunas ou taxar lucros e dividendos de empresários. O FGTS é sempre o alvo.”

Ele defende que o governo busque recursos compensatórios à desoneração da folha com uma tabela progressiva de Imposto de Renda, o que seria mais justo. “Ao propor mexer no FGTS dos trabalhadores, o governo mostra que, ao contrário de corrigir as distorções atuais do sistema, quer diminuir ainda mais os direitos dos trabalhadores. Os debates sobre a reforma tributária não podem se resumir a um convescote das elites.”

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