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Cerveja é citada pela primeira vez pela força-tarefa na investigação de casos de doença

Cerveja Belorizontina, da Backer
Foto: Reprodução/Instagram

Da reportagem de Carlos Eduardo Cherem no UOL.

Pela primeira vez desde que casos da “doença desconhecida” apareceram em Belo Horizonte, em dezembro de 2019, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais emitiu nota técnica, neste sábado (11), em que cita diretamente a ingestão da cerveja Belorizontina, produzida pela cervejaria Backer. O documento também recua, para novembro de 2019, a data inicial dos sintomas para o quadro clínico que deve ser notificado por profissionais e órgãos de saúde. Em nota anterior, o mês de referência era dezembro de 2019.

Além de definir os casos suspeitos que devem ser notificados, o documento define o protocolo de atendimento às pessoas que apresentarem os sintomas da “doença misteriosa”: além dos exames laboratoriais iniciais, o indivíduo que apresentar os sintomas precisa passar por avaliações oftalmológica e neurológica.

A nota indica o uso de etanol como antídoto para frear a intoxicação. O procedimento deve ser feito, preferencialmente, de maneira intravenosa. Em caso de impossibilidade desse procedimento, o paciente pode receber o remédio via oral, orienta o documento, que ainda alerta para que o início do tratamento seja imediato, antes mesmo da realização dos exames de laboratórios.

Os pacientes que apareceram com a “doença misteriosa” apresentaram inicialmente problemas gastrointestinais, como náusea, vômito e dor abdominal. Depois, surgem alterações neurológicas, como paralisia facial, visão borrada, amaurose (perda da visão parcial ou totalmente) e alterações sensitivas.

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