A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou que Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares durante o governo Bolsonaro, não poderá ocupar cargos em comissão pelos próximos oito anos. Essa penalidade foi aplicada após a CGU analisar denúncias de assédio moral contra Camargo. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17).
A investigação teve início quando a Controladoria recebeu um ofício do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal relatando casos de assédio moral. Esse documento indicava que Camargo demonstrava comportamento desrespeitoso com os funcionários durante reuniões da Fundação e também em suas publicações nas redes sociais, promovendo uma perseguição política-ideológica.
Após as investigações, a CGU constatou que Sérgio Camargo tratava os diretores e coordenadores subordinados da Fundação de maneira desrespeitosa. Além disso, demitiu funcionários sob a suposição de que eles possuíam uma orientação política de esquerda. Segundo a decisão, as denúncias foram comprovadas por meio de depoimentos e publicações de Camargo em uma rede social específica.
“Enquanto incidir a inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso I, alínea “o”, da LC nº 64/1990, pelo prazo de 8 (oito) anos, fica impedida a indicação, nomeação ou posse do punido para cargos em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo federal”, diz a portaria publicada nesta quarta.
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