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Chacina no Jacarezinho: policiais viram réus por assassinato e fraude

Policiais carregam corpo de uma pessoa morta
Policiais civis carregam o corpo de uma pessoa morta durante operação na favela do Jacarezinho, nesta quinta-feira, 6 de maio, no Rio de Janeiro.
RICARDO MORAES / REUTERS

Do G1

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia contra dois policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil pela morte de Omar Pereira da Silva durante a operação no Jacarezinho que terminou com 28 mortos, em maio — a mais letal da história do estado.

Douglas de Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira são os primeiros réus da operação. De acordo com a denúncia, Douglas cometeu homicídio e fraude processual, e Anderson Silveira cometeu fraude.

A juíza Elizabeth Machado Louro determinou o afastamento da dupla das operações da Core e a proibiu de fazer qualquer atividade policial no Jacarezinho. Ainda segundo a magistrada, Douglas e Anderson não podem ter contato com qualquer testemunha do caso. (…)

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VÍDEO: “Ninguém troca tiro sentado numa cadeira”, diz morador sobre chacina no Jacarezinho

Viralizou no dia da chacina o depoimento de um morador da favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, em que ele fala sobre o que aconteceu.

“Isso vai acabar com o tráfico de drogas?”, questiona. “Ninguém troca tiro sentado numa cadeira, isso é execução”.

A jornalista Victoria Damasceno, em seu Twitter, comentou o vídeo relembrando que o STF proibiu operações policiais em favelas, abrindo exceções para casos absolutamente excpcionais. Veja o vídeo: