Chanceler diz que carta questionando medidas do governo sobre Amazônia é “último refúgio do marxismo”

Numa entrevista concedida a um site ligado ao bolsonarismo na noite de terça-feira, o chanceler Ernesto Araújo afirmou que os questionamentos que o governo brasileiro recebeu sobre a Amazônia fazem parte de um suposto plano para “intimidar” o país.
Segundo ele, quando em 2019 os incêndios geraram uma polêmica internacional e protestos por parte de entidades e governos estrangeiros, o caso foi usado para pressionar a administração Bolsonaro. “Foi um momento importante de afirmação do nosso programa”, disse. “O que certas forças quiseram era nos intimidar usando carta ambiental”, declarou, sem citar nomes.
“O nosso programa estava dando certo”, afirmou, sobre sua política externa e até sobre o crescimento da economia. Segundo ele, quem resistia ao governo Bolsonaro no exterior reagiu e optou por usar a questão ambiental.
“Nossa, o Brasil está dando certo. Precisamos atacar de alguma forma”, disse o chanceler, imaginando um diálogo de um estrangeiro. “Vamos usar a carta ambiental, o último refúgio do marxismo na defensiva”, afirmou. Ao explicar o caso, Araújo deixou claro que o governo optou por se manter “fiel” ao seu projeto e não ceder. (…)