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Chapéu do Zé Pelintra entra em alta no Rio de Janeiro depois que foi “amaldiçoado” por Crivella

O chapéu do Zé Pelintra entrou em alta nesta segunda-feira, depois que o bispo fundamentalista Marcelo Crivella, prefeito derrotado no Rio de Janeiro, fez alusão ao acessório ao falar sobre o adversário que o derrotou, Eduardo Paes.

“O Eduardo dava R$ 70 milhões para o carnaval porque ele queria desfilar no carnaval. Ele ia lá com o chapeuzinho de Zé Pelintra, saía na capa de jornal. Ele queria autopromoção”, disse Crivella durante o debate na TV Globo, sexta-feira.

Hoje, para tirar onda de Crivella, eleitores e eleitoras saíram às ruas com o chapéu de Zé Pelintra.

A frase de Crivella foi preconceituosa.

Zé Pelintra é uma entidade de origem nordestina originária no rito religioso do catimbó, comum na Paraíba e em Pernambuco, explicou ao G1 Luiz ntônio Simas, historiador e pesquisador das religiões afro-brasileiras.

“O ‘personagem’ Zé Pelintra chega ao Rio de Janeiro com a grande migração nordestina. O interessante é que, no Rio, essa entidade se torna uma espécie de malandro carioca da década de 1930, da Lapa, que se populariza nos terreiros de umbanda do Rio”, acrescentou.

 

“O ‘personagem’ Zé Pelintra chega ao Rio de Janeiro com a grande migração nordestina. O interessante é que, no Rio, essa entidade se torna uma espécie de malandro carioca da década de 1930, da Lapa, que se populariza nos terreiros de umbanda do Rio”, diz.