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Chile: Justiça condena oito militares que queimaram dois jovens nos anos 80

Tributo a Rodrigo Rojas de Negri, vítima fatal de um ataque incendiário perpetrado por militares no Chile, e a Carmen Gloria Quintana, que conseguiu sobreviver ao mesmo episódio. – Foto: Martin Bernetti / AFP

Na noite de sexta-feira (5), a Justiça chilena condenou quatro soldados reformados a 20 anos de prisão pelo “Caso Quemados”, ocorrido em 1986 durante a ditadura de Augusto Pinochet.

Carmen Gloria, então uma estudante universitária de 18 anos, sobreviveu às queimaduras, Rojas de Negri, um fotógrafo de 19 anos, morreu quatro dias depois.

A Suprema Corte impôs penas de 20 anos de prisão aos seguintes oficiais reformados do Exército: Pedro Fernández Dittus, Julio Castañer González, Iván Figueroa Canobra e Nelson Medina Gálvez. Além disso, houve condenações menores para quatro ex-recrutas, acusados de cumplicidade, e outros dois ex-militares, por acobertamento.

O Caso Quemados destacou-se como um dos episódios mais significativos nos últimos anos da ditadura de Pinochet (1973-1990), que resultou em mais de 3.200 vítimas, entre mortos e desaparecidos e a sentença põe fim a um processo longo e complexo, onde era essencial contestar a tese oficial criada pelo ditador, que afirmava que os próprios jovens se queimaram por estarem carregando bombas incendiárias em suas roupas.

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