China flexibiliza política do filho único e extingue campos de trabalho forçado
A Assembleia Nacional Popular, mais alta instância legislativa chinesa, aprovou no sábado (28) a abolição dos campos de trabalho forçado e uma considerável flexibilização da política do filho único.
Essas duas reformas já haviam sido anunciadas pelas autoridades do país em novembro, após uma reunião do comitê central do Partido Comunista Chinês.
Criado em 1957, o sistema de reeducação pelo trabalho, conhecido como “laojiao” em chinês, é alvo de inúmeras denúncias de organizações em defesa dos direitos humanos. A política dos campos de trabalho forçado é impopular e conhecida por uma série de abusos, já que basta uma decisão policial, para autorizar detenções que podem durar até quatro anos.
Esses espaços seriam usados pelas autoridades locais para reprimir dissidentes. Internautas apontam a existência de mecanismos de corrupção nos campos, enquanto ex-detidos pedem indenizações na Justiça. De acordo com dados da ONU de 2009, 190 mil pessoas estariam detidas nesses centros.
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