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Chip ocular que devolve a visão deve chegar ao mercado em 2026

Imagem ilustrativa. Foto: Divulgação

Um chip ocular desenvolvido ao longo de 20 anos apresentou avanços importantes em um ensaio clínico internacional conduzido pela Stanford Medicine. Publicado no New England Journal of Medicine, o estudo mostrou que o dispositivo pode chegar ao mercado europeu em 2026.

O implante devolveu algum nível de leitura a pacientes que haviam perdido totalmente a capacidade de distinguir letras ou formas. Entre os 32 voluntários, 27 conseguiram ler novamente após um ano de uso.

A tecnologia, chamada PRIMA, é um microchip de 2 milímetros implantado atrás da retina para substituir fotorreceptores destruídos pela degeneração macular. O sistema funciona com óculos equipados com uma microcâmera que transforma imagens em sinais infravermelhos. Esses estímulos chegam ao chip e produzem pontos luminosos que o cérebro organiza em formas e padrões.

Nos testes, o funcionamento seguiu uma sequência padrão: os óculos capturavam a imagem, transmitiam o sinal ao implante e, dentro do PRIMA, microeletrodos ativavam áreas da retina, criando pontos equivalentes a pixels. Ao longo das semanas, pacientes relataram perceber contornos e objetos e, com o tempo, passaram a ler textos ampliados e identificar sinalizações.