“Chip peniano” de Bolsonaro não tem comprovação científica; entenda

Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que passou a usar um implante hormonal para melhorar o desempenho sexual. Segundo ele, a tadalafila “já era” e agora o método é o “chip”. O dispositivo, implantado sob a pele, libera hormônios como a testosterona e tem sido promovido por clínicas estéticas, embora sem comprovação científica. A Anvisa já chegou a suspender sua venda e depois liberou com restrições, alertando para a falta de garantias sobre eficácia e segurança.
A declaração do ex-presidente alertou médicos. Em 2023, 34 entidades médicas enviaram à Anvisa um documento denunciando riscos à saúde, como problemas no coração e fígado. Especialistas afirmam que a liberação dos hormônios varia e que muitas fórmulas combinam substâncias como ocitocina e até remédios para diabetes, sem controle adequado.
A testosterona, presente nesses implantes, é associada a riscos quando usada sem necessidade médica: infarto, AVC, pressão alta e danos ao fígado. Estudos mostram aumento na mortalidade por causas cardiovasculares em homens que usam o hormônio por conta própria. A orientação dos profissionais é que, quando necessária, a reposição seja feita com gel ou injeção, sempre sob acompanhamento médico.
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