Cientistas desenvolvem método para detectar metanol em bebidas em minutos

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, desenvolveram um método rápido, preciso e de baixo custo para detectar contaminação por metanol em bebidas destiladas. O sistema utiliza luz infravermelha para analisar o conteúdo de garrafas lacradas e identificar adulterações sem precisar abrir o recipiente.
A tecnologia funciona de forma simples: a luz infravermelha é projetada sobre a bebida, provocando uma leve agitação nas moléculas. Em seguida, um software especializado coleta e interpreta os dados, reconhecendo qualquer substância estranha à composição original, desde a presença de metanol até a diluição com água para aumentar o volume do produto.
De acordo com o pesquisador David Fernandes, autor do artigo científico, o método foi inicialmente testado em amostras de cachaça, mas pode ser aplicado a outros tipos de destilados. “A metodologia consegue identificar se a bebida foi adulterada com compostos fora do padrão de produção, como adição de água ou outras substâncias”, explica.
Os testes apresentaram 97% de precisão e dispensam o uso de reagentes químicos. A equipe também trabalha em uma nova inovação: um canudo detector de metanol, que muda de cor ao entrar em contato com a substância tóxica. A proposta, segundo a pró-reitora de pós-graduação Nadja Oliveira, é oferecer uma ferramenta acessível ao consumidor comum.
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