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Cínico, Dallagnol diz que ida de Moro ao governo Bolsonaro “foi bem intencionada, mas não deu muito certo”

Deltan Dallagnol e Sergio Moro

Em entrevista ao jornal da Cultura neste sábado (19), Deltan Dallagnol, ex-procurador-chefe da Lava Jato em Curitiba, afirmou que não foi consultado, no fim de 2018, sobre a decisão do então juiz Sergio Moro de aceitar o convite para fazer parte do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

“Foi uma decisão estritamente pessoal, e foi feita, na minha leitura, com o objetivo de fazer uma mudança a partir de Brasília que nós não poderíamos fazer a partir de Curitiba”, disse Dallagnol.

Ele ainda citou os supostos objetivos que levaram Moro a tomar tal decisão: “Mudar as regras para que elas desincentivem a corrupção, que criminosos sejam punidos não só na Lava Jato, mas em todos os casos, e evitar retrocessos como os que a gente vê hoje”.

“Deu certo? Não, não deu certo, basta olhar para trás para ver que não deu certo, mas acho que foi uma decisão bem intencionada, buscando fazer o melhor”, completou.