Com pré-candidatura suspensa, Ciro perde um de seus principais apoiadores no PDT
Cabo eleitoral de Ciro Gomes em SP, Gabriel Cassiano está de saída do PDT. Assim como Tabata Amaral, ele trocará o partido pelo PSB.
A mudança acontece logo depois de Ciro suspender sua pré-candidatura, após 15 dos 21 deputados pedetistas votarem a favor da PEC dos Precatórios.
Leia também:
1- Presidente bate o martelo e anuncia a qual partido vai se filiar, diz colunista
2- O que Lula e Dilma conversaram sobre o orçamento secreto do governo
3- Ídolo da Prevent Senior e guru da cloroquina, Didier Raoult é charlatão, decide Conselho de Medicina
Segundo a coluna Radar, Cassiano acredita que o PSB é o único partido capaz de construir uma aliança progressista em 2022. Para ele, Ciro deveria fazer o mesmo.
Cassiano, que já tentou ser vereador e deputado mas não conseguiu, afirma que vai se dedicar à candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo.
“Ele sabia de tudo”: Ciro Gomes não foi pego de surpresa com votos do PDT na PEC
Ciro Gomes sabia que um grupo de deputados do PDT estava decidido a votar na PEC dos Precatórios. Mas o presidenciável trabalhou internamente para convencer todos a seguirem o seu desejo: ir contra o interesse do governo Bolsonaro. Carlos Lupi, presidente da sigla, apoiou a decisão do ex-governador do Ceará. Porém, eles falharam na missão.
Após a votação, Ciro suspendeu sua pré-candidatura e os bastidores da sigla explodiram. Lupi iniciou o plano “apaga-incêndio” e começou a conversar com cada deputado da legenda. Ele deixou claro que o PDT precisa ser oposição e seguir o projeto que Gomes tem.
Só que escutou diversas reclamações. Um grupo informou que não podem ficar sem emendas. “Eu falei que muitas cidades da minha base estão com o orçamento comprometido com pagamento de pessoal. Não tem como investir. Então os únicos investimentos saem das emendas. Sem elas, não temos a menor chance no ano que vem”, falou um parlamentar que pediu para não ter seu nome revelado.
“Ele [Ciro] sabia de tudo. Ele sabia que muitos de nós iríamos votar a favor da PEC. Só que não aceitou e reagiu fortemente hoje de manhã”, lamentou. “Eu e outros colegas defendemos que o PDT precisa liberar os parlamentares para votarem como quiserem. O Ciro tem a posição dele, mas temos a nossa também”, completou.