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Claudia Leitte quebra silêncio após acusação de racismo religioso: “Tribunal da internet”

Claudia Leitte fala sobre acusação de racismo em entrevista. Foto: reprodução

A cantora Claudia Leitte comentou pela primeira vez as acusações de racismo religioso que enfrenta após retirar o nome da Orixá Iemanjá da canção “Caranguejo”. Durante coletiva no Festival Virada Salvador, a artista afirmou que “esse assunto racismo é muito sério” e destacou a importância de um debate responsável. “De meu lugar de privilégios, racismo é uma pauta para ser discutida com muita seriedade, não de forma tão superficial”, declarou.

A polêmica começou após vídeos mostrarem a cantora substituindo a menção a Iemanjá por “Rei Yeshua” (Jesus em hebraico) durante apresentações. A mudança gerou uma denúncia ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), feita pela yalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro). Segundo o MP, o inquérito apura se houve violação de bens culturais e discriminação contra religiões de matriz africana.

Em nota, o Idafro e a yalorixá alegaram que a alteração descontextualiza a música, além de demonstrar desprezo por religiões afro-brasileiras. “A Festa de Iemanjá e a própria figura da Orixá são patrimônios culturais protegidos por lei. Essa mudança pode ser vista como um ataque a esses valores”, reforçaram.

Claudia Leitte encerrou sua fala pedindo respeito e diálogo. “Prezo muito pela solidariedade e integridade. Não podemos colocar esses valores no tribunal da internet”, disse.

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