Cliente de Moro é condenado na Suíça

Da coluna de Jamil Chade no UOL:
A Justiça na Suíça condenou nesta sexta-feira o bilionário Beny Steinmetz, ex-parceiros da Vale, a uma pena de cinco anos de prisão e aplica uma multa de 50 milhões de francos suíços por corrupção de funcionários públicos estrangeiros e falsificação de documentos. No ano passado, ele contou com um parecer do ex-juiz Sérgio Moro, que julgou que a empresa brasileira não lhe deveria ressarcir.
Outros dois intermediários no esquema também foram condenados. O empresário teria organizado a transferência de pelo menos 8,5 milhões de dólares de 2006 a 2012 para garantir o direito de explorar a mina de ferro Simandou, na República da Guiné. Por isso, pagou oficialmente US$ 165 milhões ao governo local pela concessão. Mas 18 meses depois, ele fechou um acordo de parceria com a Vale, no valor de US$ 2,5 bilhões, o que levantou suspeitas e gerou até mesmo a irritação daqueles que receberam os subornos.
De acordo com a promotoria pública de Genebra, a partir de 2005, o executivo se envolveu em um “pacto de corrupção” com o ex-presidente da Guiné, Lansana Conté, que esteve no poder de 1984 a 2008, e sua quarta esposa, Mamadie TouréA meta era a de retirar a mina da Rio Tinto e garantir que Beny Steinmetz Group Resources (BSGR) ficasse com uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo. A acusação aponta que, em 2008, a BSGR teria aproveitado das últimas horas de vida do ditador Lansana Conté para obter a concessão dos blocos 1 e 2 da jazida de minério de ferro.
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