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“Clone” tem usado CPF de Malafaia para fazer denúncias contra Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Silas Malafaia
Jair Bolsonaro e Silas Malafaia.
Foto: Dhavid Normando / Futura Press

Ferrenho defensor do presidente Bolsonaro, Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, descobriu que há pelo menos um ano um clone tem utilizado seu CPF para comprar brigas judiciais das quais prefere ficar longe.

De acordo com a Veja, o falso pastor usou o nome do religioso para fazer denúncias contra Bolsonaro, STF e até facções criminosas. “São maldosamente atribuídas a Silas Malafaia denúncias de fatos praticados por pessoas a ele ligadas ou por ele apoiadas e que, em verdade, não praticaram crime algum, ficando claro o intuito de ocasionar mácula à imagem do pastor perante a opinião pública. Isso é crime”, diz o advogado do religioso Jorge Vacite Neto.

Na pandemia o falso Malafaia já apresentou quase 250 representações criminais à PGR. Ele utiliza a alcunha “anonimo190alert” como usuário de email e em suas denúncias.

Como as denúncias são preenchidas remotamente, o falso Malafaia tem sido rastreado por endereços de IP dos computadores que usa para formalizar as acusações. A PGR acredita estar perto de descobrir a identidade do falsário.

Malfaia não é Malafaia

O “clone” de Silas já denunciou falsas blitze para assaltar passageiros e motoristas no Rio de Janeiro, corrupção de um batalhão inteiro da Polícia Militar carioca, intolerância religiosa imposta por um traficante, expansão territorial de uma facção criminosa e perturbação da ordem porque fogos de artifício foram usados para comemorar o aniversário de um barão das drogas.

Em abril do ano passado, ele bateu às portas do MPF para que Jair Bolsonaro fosse investigado por atacar senadores da CPI da Covid. Quatro meses depois, o falso Malafaia voltou ao MP para reclamar que o presidente não usava máscara para se proteger do vírus – e cobrava providências.

Nos dias seguintes, as denúncias miravam familiares, amigos, pessoas próximas e apoiadores do ex-capitão. Em outra oportunidade, o “clone” do religioso entrou com um pedido contra o uso do Estado para perseguir governadores adversários. Na sequência, sobrou para ministros do STF, acusados pelo pastor de toda sorte de crimes.