“Cloroquina” explode no Twitter com ombudsman da Folha admitindo que anúncio foi irresponsável

A ombudsman do jornal Folha de S.Paulo diz que anúncio defendendo cloroquina não é ilegal, mas foi irresponsável para a publicação.
Flavia escreveu o seguinte em sua coluna dominical:
“O informe publicitário ‘Manifesto pela vida’ tomou meia página da Folha e de pelo menos outros sete jornais (…). Segundo Marcelo Träsel, presidente da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), é comum que o espaço comercial contradiga o noticiário, mas o informe apareceu no momento mais agudo de uma pandemia na qual os jornalistas têm atuado na linha de frente. ‘A publicação do anúncio foi percebida como um sinal de irresponsabilidade e falta de sensibilidade por parte dos gestores. Pode ser um golpe duro no moral das Redações’, diz (…). É desanimador, como disse uma leitora, combater desinformação na página par e disseminá-la na ímpar”.
Isso fez cloroquina explodir nos Trending Topics.
São pelo menos 13 mil menções ao medicamento que não tem eficácia contra a doença.
Veja algumas das reações.
A principal notícia sobre a imprensa no domingo é a confissão pública do diretor comercial da Folha de que o jornal é território livre para qualquer estupidez publicitária – se for paga e não violar a lei. Deixa cristalino que o filtro ético é o dinheiro. https://t.co/GS6ZZysCDM
— Tiago Barbosa (@tiagobarbosa_) February 28, 2021
"É desanimador combater desinformação na página par e disseminá-la na ímpar", diz texto de Flavia Lima, ombudsman da Folha de S. Paulo,sobre anúncio publicado por 8 jornais,q dissemina informações falsas sobre a covid-19 num país com mais de 250 mil mortoshttps://t.co/BHfcDulphg
— Eliane Brum (@brumelianebrum) February 28, 2021
https://twitter.com/pessoas_17/status/1366027180942237700
Só a Folha tem Flávia Lima para dizer ao jornal, nas suas próprias páginas, que "liberdade de expressão comercial" para disseminar, em plena pandemia, anti-ciência que mata, não tem nada a ver com liberdade de imprensa, nem com qualquer noção de liberdadehttps://t.co/rNWAb9zWrw
— Conrado Hubner (@conradohubner) February 28, 2021