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Cloroquina pode causar efeitos colaterais graves como distúrbios psicológicos e arritmia cardíaca

DCM Café da Manhã – Lobista da cloroquina, Bolsonaro quer provar que não é rainha, ataca médicos e convoca Mandetta. Foto: Reprodução/YouTube

Do UOL:

A correria sanitária que tomou conta do mundo nesses tempos de covid-19 também envolve a busca por terapias, tratamentos, profiláticos, enfim, a busca por remédios que curem o coronavírus. Esse ritmo acelerado está descompassado com o processo normal da indústria farmacêutica, onde um medicamento pode levar mais de 10 anos para ser desenvolvido a partir de sua descoberta.

Essa lentidão é reflexo dos riscos envolvidos ao dar um remédio experimental a pacientes, não é só burocracia. Mas a pandemia está tomando conta do mundo de forma intempestiva e todos estamos vendo a necessidade de se pisar no acelerador.

A história da cloroquina ilustra bem esse momento (nesse texto eu vou usar “cloroquina” como termo genérico para drogas dessa mesma classe, o que inclui hidroxicloroquina e outras quinilonas). Com a urgência e o impacto econômico causado pela doença é natural que se deseje ou que se queira acreditar em uma cura milagrosa, daquelas hollywoodianas.(…)

A cloroquina é um remédio utilizado, primariamente, no tratamento e prevenção de malárias. O remédio é bem velho – descoberto na década de 1930 – e não está coberto por patentes. Sua popularidade e distribuição é altíssima e o medicamento está na lista de medicamentos essenciais da OMS.  O uso da cloroquina na década de 50-60 foi tão amplo que algumas cepas que causam malária desenvolveram resistência à cloroquina. Um outro problema da cloroquina? Ele pode causar efeitos colaterais graves, como distúrbios psicológicos e arritmia cardíaca.

(…)