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CNI/Ibope: Eleitores querem que próximo presidente priorize o social

Do Valor:

O próximo presidente deve centrar sua atuação nas mudanças sociais, com melhoria da saúde, da educação, da segurança e da desigualdade social, na opinião de 44% das pessoas ouvidas por uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope.

Ainda de acordo com o levantamento “Perspectivas para as Eleições de 2018”, o tema “moralização administrativa, com combate à corrupção e punição dos corruptos, aparece em segundo lugar, com 32% das preferências. Em terceiro vem “estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego”, com 21%.

Ao todo, 1% respondeu que a prioridade não deve ser nenhuma dessas ou outras e 2% não sabem ou não responderam.

Candidato honesto

O eleitor brasileiro também quer um candidato à Presidência honesto, com ficha limpa, experiência administrativa e que creia em Deus. No levantamento, o entrevistado foi questionado sobre que características pessoais são importantes para um candidato. As respostas mais citadas foram “ser honesto e não mentir em campanha” (87%), “nunca ter se envolvido em casos de corrupção” (84%), transmitir confiança (82%) e ter pulso firme e ser decidido (76%).

Dentre as características profissionais, 89% responderam “conhecer os problemas do país” e 77%, ter experiência em assuntos econômicos; 74% valorizam uma boa formação educacional e 71% a boa relação com os movimentos sociais.

Em um outro tópico, 47% dos entrevistados concordaram totalmente ser importante que o presidenciável tenha experiência administrativa como prefeito ou governador e 25% concordaram em parte. Para 1%, isso é indiferente e 2% não souberam responder. Ao todo, 11% discordaram em parte dessa afirmação e 13% discordaram totalmente.

Para 92%, é importante ou muito importante que o candidato à Presidência defenda o controle dos gastos públicos. E 79% concordam totalmente ou em parte que é importante que o candidato a presidente acredite em Deus. Porém, apenas 29% dos entrevistados disseram que é muito importante que o candidato seja da mesma religião que eles.

Segundo a pesquisa, 52% preferem candidatos de família pobre. Para 8%, isso é indiferente e 38% discordam em parte ou totalmente.

Pessimismo

A pesquisa mostra ainda que 44% dos brasileiros estão pessimistas em relação à eleição presidencial de 2018, em comparação a 20% que se dizem otimistas. Ao todo, 23% disseram não estar nem pessimistas nem otimistas e 13% não responderam.

Dentre os que se disseram pessimistas, 30% citaram a corrupção como o principal motivo; 19%, a falta de confiança nos governantes e candidatos; e 16%, a falta de opção entre os pré-candidatos. Já entre as razões apontadas para os que se disseram otimistas estão a expectativa de mudança e renovação (32%), a esperança no voto e na participação popular (19%) e o sentimento de melhoras em geral (11%).

Ao todo, 75% dos entrevistados discordaram totalmente ou em parte da frase “eu acredito nas promessas de campanha dos candidatos”. E 84% concordaram, totalmente ou em parte, com a frase “eu estudo as propostas dos candidatos para decidir meu voto”. Outros 14% discordam, em parte ou totalmente; 1% se disse indiferente e 1% não respondeu.

A pesquisa “Perspectivas para as eleições de 2018” ouviu 2 mil pessoas em 127 cidades, entre 7 e 10 de dezembro do ano passado. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.