CNJ bloqueia o acesso ao sistema de quem inseriu mandado falso de prisão contra Moraes

Na manhã desta quinta-feira (5), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) bloqueou a credencial que encaminhou um mandado de prisão falso contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes. O documento inserido no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) determinava a prisão de Moraes sendo solicitada pelo próprio ministro.
A investida contra o ministro, ao contrário do que imaginavam, não foi um ataque hacker ao CNJ, mas por causa do uso indevido do sistema. Com isso, portanto, o acesso de servidores do Judiciário ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões deverá ser restabelecido até às 13h de hoje.
“O Conselho Nacional de Justiça informa que a inconsistência encontrada na quarta-feira (4/1), no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, foi causada pelo uso indevido de credencial de acesso ao sistema, e já foi devidamente bloqueada”, informou o órgão responsável.
“Até às 13h dessa quinta-feira (5/1), o sistema estará completamente restabelecido, o que já se iniciou”, continuou, informando sobre a integridade do sistema.
Uma investigação será feita pela Polícia Federal (PF) e a CNJ, para apurar se o o dono da credencial a usou com má-fé ou se ela foi roubada ou clonada. “O fato continua em apuração pelo CNJ e pela Polícia Federal e corre em sigilo”, informou.
O BNMP recebeu na manhã desta quarta-feira (4), um documento fraudado supostamente expedido pelo gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento pedia a própria prisão do magistrado. O “mandado de prisão” contra Moraes já foi retirado do sistema.
Em um dos trechos do mandado de prisão, é destacado: “expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes”. Além disso, a tal “síntese” é repleta de ironias à atuação do ministro do STF, evidenciando uma provável invasão ao site.