CNJ já investiga juíza bolsonarista por outra postagem em rede social

REPRODUÇÃO / TWITTER
De Pablo Nascimento e Lucas Pavanelli no R7.
A juíza estadual Ludmila Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que gravou um vídeo para “ensinar” como andar sem máscara em shoppings centers, já responde a um procedimento no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Outros duas denúncias contra ela levadas ao órgão foram arquivadas.
O processo que segue aberto também tem a ver com uma manifestação da magistrada em suas redes sociais.
Em fevereiro de 2020 ela postou em sua conta no Twitter que “mandar prender um sujeito por estupro/lesão corporal/qualquer crime na forma da lei Maria da Penha com base APENAS na palavra da vítima é uma das coisas mais irresponsáveis que um juiz pode fazer no exercício de suas atribuições” (sic).
De acordo com a conselheira do CNJ Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva, a manifestação da juíza de Minas Gerais viola o artigo 36 da Lei Complementar 35/1979, já que seria uma “crítica à atuação jurisdicional de juízes” que decidem com base no depoimento da vítima em crimes de violência contra a mulher.
No dia 12 de dezembro, a ministra do CNJ Maria Thereza de Assis Moura deu prazo de mais 60 dias para que a Corregeodoria-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais possa apurar o caso. O prazo termina em fevereiro.
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