CNN cometeu irregularidades com demissão em massa, diz sindicato

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP) acusa a CNN Brasil de cometer irregularidades no passaralho promovido nesta quinta (1). A entidade marcou uma reunião para falar sobre o fato da emissora não ter fornecido dados completos sobre os desligamentos e o número de profissionais afetados. A informação é do Notícias da TV.
Entre os funcionários demitidos pela emissora estão Monalisa Perrone, Gloria Vanique, Marcela Rahal, Isabella Faria, Boris Casoy e Sidney Rezende. Segundo o sindicato, dezenas de jornalistas perderam seus empregos em poucas horas.
“De acordo com informações coletadas com diferentes fontes, mais de 100 postos de trabalhos foram extintos nas diferentes praças da emissora”, afirmou o SJSP em nota. A entidade diz ter solicitado uma reunião de emergência, que não foi atendida.
“Nos dirigimos à sede da emissora para cobrar explicações: como resposta, a CNN não forneceu a quantidade de jornalistas demitidos, mas afirmou genericamente que realizará os pagamentos das rescisões”, afirma.
O sindicato marcou um novo encontro para apurar se a CNN promoveu demissão em massa. “Neste caso, a empresa estava obrigada a dar ciência à entidade sindical sobre a intenção de demitir. O que não foi feito”, aponta a instituição.
Leia a nota do SJSP na íntegra:
Nossa categoria provou por diversas ocasiões o seu papel essencial, exposta a ataques e agressões enquanto realizava o seu trabalho diante de ameaças antidemocráticas.
O “reconhecimento” que recebemos de nossos patrões é o arrocho salarial, a precarização e as demissões.
Neste 1º de dezembro, que marca a data-base da Convenção Coletiva de Trabalho para jornalistas que trabalham nas emissoras de rádio e televisão de São Paulo, sentimos na pele a (pouca) consideração das empresas com o nosso trabalho.
Logo pela manhã, o Sindicato dos Jornalistas recebeu informações de demissões na CNN Brasil: em poucas horas, dezenas de jornalistas que trabalhavam na sede da emissora (localizada na Avenida Paulista, em São Paulo) perderam seus empregos.
De acordo com informações coletadas com diferentes fontes, mais de 100 postos de trabalho foram extintos nas diferentes praças da emissora.
Solicitamos uma reunião de emergência, mas não obtivemos resposta. Assim, nos dirigimos à sede da emissora para cobrar explicações: como resposta, a CNN não forneceu a quantidade de jornalistas demitidos, mas afirmou genericamente que realizará os pagamentos das rescisões.
Teremos uma reunião com a CNN Brasil e iremos apurar se a ação da empresa não se configura como uma demissão em massa – neste caso, a empresa estava obrigada a dar ciência à entidade sindical sobre a intenção de demitir, o que não foi feito.
Nesta sexta-feira, o Sindicato organizará uma reunião com os profissionais demitidos para discutir coletivamente a questão e como poderemos agir diante disso.
Neste mesmo dia 1º também tivemos uma nova rodada de negociações com as empresas de rádio e televisão. Após apresentarmos nossas reivindicações, o sindicato patronal afirmou simplesmente que não teria condições de atender o pedido dos jornalistas apresentado em pauta.
Diante disso, não resta outra alternativa: precisamos nos unir, aumentar nossa organização e lutar. No início da tarde, estivemos na porta da Rede Globo para conversar com os colegas e distribuir nosso panfleto com as informações essenciais da campanha salarial.
Toda solidariedade aos jornalistas da CNN Brasil! A hora de lutar por salários, dignidades e emprego é agora!