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Coaf atua para barrar investigação da PF sobre rachadinha de Flávio Bolsonaro

Do Estadão

O senador Flávio Bolsonaro
Foto: Pedro França/Agência Senado (19.fev.2019)

Um grupo de 80 servidores do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), capitaneado pelo presidente Ricardo Liáo, entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o objetivo de barrar uma investigação sobre a atuação do órgão no caso das rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Em dezembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) mandou a Polícia Federal apurar possíveis desvios na elaboração de um relatório de inteligência sobre as movimentações financeiras do advogado Frederick Wassef.

Wassef atuou na defesa do filho do presidente da República nas investigações sobre o repasse de salários de ex-assessores no gabinete do parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Próximo da família Bolsonaro, o advogado surpreendeu ao aparecer em um julgamento de um recurso de Flávio no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada.

Segundo o Estadão apurou, o grupo de servidores do Coaf alegou ao STJ que o relatório de inteligência foi produzido com base em critérios objetivos e dispositivos legais que tratam sobre o assunto, a partir do cruzamento de dados financeiros de quatro pessoas físicas e uma pessoa jurídica. O documento mostrou, entre outros pontos, pagamento de cerca de R$ 10 milhões da JBS ao escritório de advocacia de Wassef. (…)