Coalizão formada por mais de 200 entidades se reunirão para dizer que não são reféns de ameaças de Bolsonaro

Formada por mais de 200 entidades, incluindo a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia) a Coalizão Negra por Direitos, a Coletiva Mulheres Defensoras Públicas do Brasil e o Fórum Social Mundial Justiça e Democracia, a coalizão entregará está segunda (16) repudiando os ataques de Bolsonaro contra a corte e o processo eleitoral.
O documento critica a postura do presidente e diz que é inadmissível que o cargo do chefe do executivo seja utilizado para disparar ataques e críticas infundadas sobre as urnas.
“Tais agressões, bravatas e afirmações desprovidas de respaldo técnico, científico e moral servem a um único propósito: o de gerar instabilidade institucional, disseminando a desconfiança da população brasileira e do mundo acerca da correção e regularidade das eleições brasileiras”, posiciona a carta, que continua: “Não aceitamos a condição de reféns de chantagens e ameaças de ruptura institucional após pouco mais de três décadas em que a normalidade democrática foi restabelecida em nosso país”.
Desentendido
Após diversos comentários com ameaças e insinuações golpistas, Jair muda seu tom na última quinta-feira (12) para se referir ao ministro do TSE e as eleições, e diz em sua transmissão semanal nas redes sociais:
”Eu não sei de onde ele [ministro Edson Fachin] está tirando esse fantasma que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral”.
“Não existe interferência, ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas, atacar a democracia, nada disso. Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos. Pelo amor de Deus! A transparência das eleições, eleições limpas, transparente, é questão de segurança nacional”, afirma o presidente.
A participação das Forças Armadas citada acima é na CTE (Comissão de Transparência Eleitoral), do TSE. Em meio a ataques de Bolsonaro às urnas e questionamentos sobre a segurança no sistema eleitoral brasileiro, a ideia seria trazer militares para o processo e conseguir respaldo deles na defesa da votação.
Contudo, diante a postura de Bolsonaro retomando ataques ao ministro e ao sistema eleitoral, mesmo com a participação dos militares como dito anteriormente, integrantes de tribunais superiores passaram a considerar um erro o convite para que as Forças Armadas participassem do colegiado.
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