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Coalizão Negra repudia proposta de criação de Comitê de Diversidade e Inclusão do Carrefour

João Alberto morreu em um Carrefour de Porto Alegre, no bairro Passo D’Areia Imagem: Gustavo Aguirre/TheNews2/Estadão Conteúdo

Do UOL:

A Coalizão Negra por Direitos, organização que reúne dezenas de movimentos negros do Brasil todo, repudiou uma nova proposta do supermercado Carrefour. A rede sugeriu a criação de um Comitê Externo de Diversidade e Inclusão. Mas segundo a Coalizão, é uma tentativa de “invisibilizar a violência racista que levou à óbito João Alberto Silveira de Freitas”, homem negro assassinado no mês passado, em Porto Alegre. A Coalizão não pretende fazer qualquer mediação com o Carrefour e vai lutar para cassar o alvará da loja onde João Alberto foi assassinado.

A Coalizão Negra por Direitos emitiu uma nota oficial em que citou que o Carrefour já sofreu “reiteradas denúncias de crime de racismo e discriminação racial em suas lojas”. A Coalizão criticou a resposta do Carrefour aos ocorridos, inclusive no caso de João Alberto. “O retorno do Carrefour não poderia ser mais negativo: inicialmente negou responsabilidade sobre o ocorrido, depois resolveu monetizar a vida interrompida tragicamente de João Alberto com a criação de um fundo de igualdade racial de valor irrisório ao lucro da empresa, e, por fim, buscará escamotear sua responsabilidade via comitê”, informou a Coalizão.

Segundo a organização, tais atitudes do Carrefour impossibilitam o diálogo a partir de agora. “A resposta imediata dos movimentos evidenciou publicamente a inexistência de qualquer tipo de possibilidade de mediação com quem nos mata”.

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