Colégio da Bahia apaga vídeo de encenação com aluno negro chicoteado

O Colégio Adventista de Alagoinhas, na Bahia, apagou das redes sociais um vídeo que mostrava a encenação de um aluno negro amarrado a um tronco enquanto outro, branco, simulava chicoteá-lo. As imagens, publicadas inicialmente pela própria instituição, geraram forte reação de pais, educadores e internautas, que apontaram a reprodução de violência histórica e questionaram o uso de estudantes em uma representação diretamente associada ao período da escravidão.
Após as críticas, a escola divulgou uma nota afirmando que a apresentação fazia parte de uma atividade pedagógica do Dia da Consciência Negra. Segundo o texto, a encenação buscava retratar “fatos históricos apresentados por alunos durante atividade pedagógica realizada no Dia da Consciência Negra”.
A instituição acrescentou que “lamenta profundamente qualquer entendimento que tenha sido diferente dos valores que defende”. A atividade, porém, foi alvo de contestação de educadores que consideraram inadequada a forma de abordagem do tema.
A professora Bárbara Carine, da UFBA e fundadora da escola afro-brasileira Maria Felipa, classificou a cena como desnecessária e prejudicial. “O pessoal decidiu reproduzir a dor, a violência, o antagonismo branco na escola. Não faz sentido”, afirmou ao comentar o episódio.
Um colégio particular de Alagoinhas, na Bahia, gerou revolta após divulgar um vídeo em que um aluno negro aparece amarrado a um tronco durante uma apresentação do Dia da Consciência Negra.
A cena viralizou e foi criticada por educadores, incluindo a professora Bárbara Carine. A… pic.twitter.com/ljBZfEzBrx
— Africanize (@africanize_) November 27, 2025
