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Colégio da elite de SP é processado por separar alunos pagantes de bolsistas

Fachada do Colégio Porto Seguro
O Colégio Porto Seguro é um dos mais tradicionais de São Paulo – Reprodução

Nesta segunda-feira (15), uma coalizão de organizações não governamentais (ONGs) focadas no movimento negro e na área da educação ingressou com uma ação judicial contra o tradicional Colégio Porto Seguro, localizado em São Paulo. As entidades envolvidas – Educafro, Ponteduca e Anced Brasil – alegam que a instituição escolar pratica a segregação entre os alunos beneficiados por bolsas e aqueles que pagam integralmente.

Como consequência, exigem uma compensação de R$ 15 milhões por danos morais coletivos e sociais, bem como a implementação de medidas voltadas à promoção da equidade racial e social. No final de 2022, tanto a Educafro quanto a Ponteduca haviam tentado resolver a questão por meio de um processo de conciliação extrajudicial com o colégio. No entanto, segundo as ONGs, as tentativas foram infrutíferas.

Em resposta às acusações, o Colégio Porto Seguro emitiu uma nota à Folha de S.Paulo refutando veementemente a alegação de discriminação e tratamento desigual entre os alunos, alegando que “atua na promoção da equidade para toda a comunidade escolar e acolhe, há mais de 60 anos, estudantes bolsistas provenientes de famílias de baixa renda”.

Segundo as ONGs, na instituição, os alunos bolsistas são impedidos de acessar as instalações das unidades destinadas aos pagantes sem uma autorização prévia e eventos importantes, como as festas juninas, são organizados em horários distintos, evitando assim que os dois grupos compartilhem o mesmo espaço. Elas também afirmam que os estudantes beneficiados por bolsas não têm acesso ao currículo bilíngue e internacional.

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