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Colisão de buracos negros confirma previsões de Einstein e Hawking

Colisão de buracos negros
Imagem ilustrativa – EFE/Universidade Nacional Australiana

Astrônomos observaram em detalhe sem precedentes a colisão de dois buracos negros, evento chamado GW250114, que ocorreu há cerca de 1 bilhão de anos-luz da Terra. O registro foi feito pelo observatório LIGO, nos Estados Unidos, que detecta ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein em 1915 como parte da teoria da relatividade. Os dois buracos negros tinham entre 30 e 35 vezes a massa do Sol e se fundiram em um objeto de 63 massas solares, girando a 100 rotações por segundo.

O estudo, publicado na Physical Review Letters, mostra que a fusão confirma duas previsões históricas: a de Roy Kerr, de 1963, que descreve buracos negros como objetos definidos apenas por massa e rotação, e a de Stephen Hawking, de 1971, que afirma que a área da superfície resultante nunca pode diminuir após a fusão. O “toque” ou “ressonância” do buraco negro, comparado ao som de um sino, forneceu os dados que permitiram comprovar essas teorias com precisão inédita.

Desde 2015, quando o LIGO registrou as primeiras ondas gravitacionais, mais de 300 colisões de buracos negros foram observadas. As melhorias nos instrumentos — com lasers e espelhos mais precisos — permitiram que a análise atual fosse três vezes mais exata que a inicial. Para os cientistas, essa descoberta é um marco para a astronomia e reforça o papel das ondas gravitacionais como ferramenta fundamental para entender o espaço e o tempo.