‘Coloco os filhos em quartos diferentes para salvá-los’
A noite traz angústia, porque Hassan tem que decidir. Ele reúne os cinco filhos na sala de estar e os divide nos cômodos da casa: do oeste e do mar podem chegar os tiros de canhão dos navios, do leste, as rajadas da artilharia. De cima – e isso vale para todos –, o míssil lançado por um jato.
Hassan vive à beira das áreas que o Exército ordenou para evacuar, uma região perto do centro da cidade de Gaza, onde a segurança é aparente. “Até que o prédio ao lado do nosso não seja bombardeado”, conta.
Samir Hamed vive em Maghazi, perto de Khan Yunis e muito perto da linha de frente, a ampla faixa de um quilômetro, onde os tanques israelenses penetraram. Ele tem dois filhos. A menina foi se refugiar com a avó, o menino, junto com um parente que não mora longe. “Quero que a nossa descendência continue, que ao menos um dos dois se salve. É a única maneira de seguir em frente”.
Hisham Musa deslocou os dois filhos de Bureij depois que, há três dias, seis membros de uma mesma família foram mortos. Ele os confiou aos tios. Ele ficou, porque não quer deixar o cubo cinza que ele chama de casa.
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