Com a ascensão da extrema direita, políticos evitam investimentos em ações pelo clima, diz jornalista

Da Coluna de Ana Carolina Amaral na Folha de S.Paulo.
Já é crise climática na Austrália, onde incêndios fora de controle confirmam as previsões dos climatologistas feitas ainda em 2007. Mas algo que os cientistas não puderam prever está tornando terras australianas, estadunidenses e também brasileiras mais vulneráveis ao clima: seus governantes.
Fora dos cálculos de risco climático —que consideram fatores ambientais e sociais—, hoje o fator político pode fazer a diferença para transformar potências em países miseráveis.
Com a ascensão da extrema direita pelo mundo, políticos estão mais confortáveis para negar evidências científicas, evitar investimentos em ações climáticas e acabar por invalidar condições privilegiadas de países como a rica Austrália para lidar com eventos climáticos extremos.
Os australianos já cobram o primeiro-ministro Scott Morrison pelos incêndios no país —que ele insiste em descrever como naturais.
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