Com Bauru em colapso, prefeita bolsonarista e parentes organizam cultos em igreja da família

Do Metro 1:
Nos dias em que a taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade de Bauru, em São Paulo, estourou o limite – 117% nesta quarta-feira (7) – a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) e sua família decidiram abrir as portas da igreja que comandam para culto presencial. A Mipe (Ministério Produtores de Esperança) é uma igreja evangélica neopentecostal que tem a mãe da prefeita, a bispa Lúcia Rosim, como líder na região.
No domingo (4), um dia após o ministro do STF Kássio Nunes Marques liberar cultos e missas presenciais, a família Rosim abriu a igreja para celebração ministrada pela bispa. A prefeita, crítica das medidas de isolamento social recomendadas pela ciência, marcou presença. Nesta terça (6), a bispa Lúcia disse que na sexta-feira (9) abrirá para culto presencial outra filial da Mipe que sua família comanda, em Birigui (SP), a 175 km de Bauru. Procurada, a prefeita não se manifestou.
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Suéllen Rosim tem questionado continuamente as medidas de restrição para contenção da pandemia impostas pelo governo do São Paulo, o que a levou a ser acusada de negacionismo e de fazer vassalagem a Jair Bolsonaro por João Doria (PSDB-SP). Lideranças evangélicas têm dito que não há uma orientação geral para seguir e cada corrente poderá decidir por conta própria se deve ou não realizar cultos presencialmente.