Apoie o DCM

Com desastre de Crivella, cariocas trocam Carnaval do Rio pelo de São Paulo

O diabo da escola de samba tem as feições do prefeito Crivella no Carnaval do Rio Foto: Reprodução/Facebook

De Júlia Zaremba na Folha de S.Paulo.

A rixa entre Rio e São Paulo ganhou mais um componente: o Carnaval. E o bloco dos vira-casaca (para o lado paulista) ganha cada vez mais adeptos, motivados pela insatisfação com a superlotação, o trânsito e as ações da prefeitura carioca vistas como anticarnavalescas.

A folia deste ano será a maior que a capital paulista já teve: serão 678 blocos autorizados, aumento de 38% em relação a 2019, que devem atrair cerca de 15 milhões de pessoas. Ultrapassou o Rio, que terá 441 desfiles de rua durante a festa, pelo segundo ano consecutivo. 

O diretor de teatro Ricardo Cabral, 29, passará o Carnaval em São Paulo pela primeira vez, acompanhado de um casal de amigos. Morador de Copacabana e carnavalesco habitué, conta que frequenta os blocos do Rio desde o início dos anos 2000, período da retomada dos cortejos de rua. 

Um dos motivos para decidir viajar a São Paulo é o desânimo com a cidade natal. “O Rio está largado. E a prefeitura não tem se empenhado em fazer do Carnaval uma festa alegre e economicamente produtiva”, diz. “Desmobiliza as pessoas, que se sentem menos seguras e à vontade.” 

O prefeito Marcelo Crivella (PRB) carrega a pecha de anticarnavalesco, o que é visto como um aceno a seu eleitorado. 

(…)