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Com doença degenerativa, Arnaldo Duran diz que Record foi “desumana” em sua demissão

Arnaldo Duran, jornalista demitido da Record. Foto: reprodução

O jornalista Arnaldo Duran, de 67 anos e diagnosticado com síndrome de Machado-Joseph em 2016, falou de sua surpresa e descontentamento após ser demitido pela TV Record em 30 de dezembro do ano passado. Em entrevista ao Metrópoles, ele contou que a emissora o informou sobre sua demissão durante uma reunião que ele inicialmente pensava ser relacionada à sua coluna sobre alimentação.

“Eu tenho uma doença neurológica degenerativa que se chama Machado-Joseph, que agora é conhecida no mundo como SCA3. E eu acreditava que eu não iria perder o emprego fácil assim. Porque, apesar das dificuldades que essa doença traz, por exemplo, no equilíbrio eu já quase não consigo ficar em pé, só posso andar com o aquele andador. Mas eu falo muito bem ainda”, contou.

A demissão, ocorrida às vésperas do Ano Novo, deixou Duran atônito, e ele criticou a atitude da emissora, descrevendo-a como “desumana”. Além disso, ressaltou que a Record divulgou que sua demissão se deu devido ao seu salário elevado, prejudicando sua reputação no mercado.

“A minha demissão foi um ato desumano. Por quê? Além de tudo o que aconteceu, a Record espalhou que me demitiu por causa do salário alto. Já me queimou no mercado. [Os contratantes pensam] ‘eu não vou contratar o cara porque ganha bem, não tenho dinheiro pra pagar’. E espalhou pelo mundo inteiro também que eu tenho a doença neurológica degenerativa”, argumentou.

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