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Com duas vagas, PSDB e Podemos serão decisivo na CPI da Covid

Da Coluna de Malu Gaspar no Globo:

Presidente Jair Bolsonaro Foto: SERGIO LIMA / AFP

Depois de fracassar na primeira tentativa de impedir a CPI da Covid-19, convencendo senadores a retirar assinaturas do requerimento por sua criação, o governo Bolsonaro agora tenta interferir na escolha dos integrantes, garantindo que a maioria seja a seu favor. Nesse xadrez, o bloco formado pelo PSDB e pelo Podemos é hoje o fiel da balança.

Pelas contas dos líderes partidários, o bloco indicará dois membros titulares da CPI. Como a oposição já tem garantidos hoje cinco dos 11 membros titulares (um do PT, um do bloco Rede-Cidadania e três do MDB) e o governo, quatro (um do PP, um do PL, um do PSD e um do DEM), os dois senadores do bloco (PSDB-Podemos) farão a diferença. A depender de quem for escolhido, a CPI poderá ser mais governista ou mais anti-governo.

Tanto no Podemos como no PSDB há senadores mais críticos ao governo e outros mais alinhados ao bolsonarismo. Como o Podemos é uma incógnita para os articuladores de ambos os lados, a pressão no final de semana se concentrou sobre os tucanos.

Três dos quatro tucanos que assinaram o pedido de CPI são oposicionistas — José Serra e Mara Gabrilli, de São Paulo, e Tasso Jereissati, do Ceará. Por isso, o bloco de oposição pediu ao governador de São Paulo, João Doria, que entrasse nas articulações para tentar garantir que Jereissati integrasse a CPI.

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