Com foco em Bolsonaro, tragédia Yanomami será enviada ao Tribunal em Haia

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O Tribunal Penal Internacional (TPI) deverá julgar a crise humanitária do povos Yanomâmis. As informações começaram a ser preparadas para serem encaminhadas a corte em Haia, nos Países Baixos, em um processo que poderá levar algumas semanas para ser finalizado. O foco dela será o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os dados que estão sendo elaborados irão fazer parte da denúncia contra Bolsonaro. A investigação teve sua argumentação inicialmente que apresentada ainda em 2021 pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) contra o ex-presidente por crime de genocídio e contra a humanidade.
No final do ano de 2021, os grupos decidiram ampliar a denúncia contra o ex-capitão, incluindo o avanço do desmatamento e a invasão de terras indígenas por garimpeiros. Agora, as novas evidências dos Yanomâmis deverão ser anexadas ao processo, com informes sobre a situação descoberta.
No documento oficial da denúncia, que acumula quase 150 páginas, a Apib informou que o governo Bolsonaro agiu de forma deliberada para “exterminar” etnias e povos e estabelecer um Brasil sem indígenas. Foi revelado que a antiga gestão mentiu em relatórios sobre os cuidados com os povos para a Organização das Nações Unidas (ONU) e Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
O presidente é alvo de diversas denúncias no TPI, desde de 2020. Até então, a procuradoria da corte ainda não tomou uma decisão se será aberto um inquérito oficialmente contra Bolsonaro, segundo o colunista Jamil Chade, do UOL. O tribunal ainda está avaliando as informações recebidas para tomar uma decisão.