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Com Lula de volta à disputa, Centrão repensa fidelidade a Bolsonaro

Do UOL:

Bolsonaro e Lula. Foto: Miguel Schincariol/Evaristo Sá/AFP

A manutenção do discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em meio ao pior momento da pandemia da covid-19 no país e a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao tabuleiro eleitoral para 2022 levam integrantes do Centrão a repensar o limite de fidelidade ao Planalto.

O Centrão é um grupo informal de partidos que costuma se alinhar ao governo que estiver no poder em troca de mais espaço na administração pública. No governo Bolsonaro, passou a constituir a massa da base aliada dele no Congresso Nacional desde meados do primeiro semestre do ano passado.

No entanto, o apoio tem limite e termina quando não compensa mais politicamente ficar ao lado da atual gestão. O relacionamento entre Centrão e Bolsonaro não chegou a um racha, mas está se abalando.

Um senador do grupo compara o governo e o Centrão a noivos que sabem que nunca vão se casar, que foram unidos pelas circunstâncias no passado. Enquanto isso, cada um fica querendo aumentar o próprio dote nos bastidores para manter a boa imagem em público até onde der.

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