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Com obra parada, muro da USP iniciado por Doria dobra número de vidros quebrados em seis meses

Reprodução/TV Globo

De Luciano Trindade na Folha de S.Paulo.

Com reforma paralisada e sem previsão de retorno, o muro de vidro que separa a raia olímpica da USP e a marginal Pinheiros teve aumento da sua degradação nos últimos meses. Em dezembro havia 10 vidros quebrados, e na terça (14) a Folha contabilizou 22 placas danificadas.

Em nota, a USP afirmou que a obra está paralisada no momento em função da pandemia e será retomada assim que possível, sem especificar nenhuma data, nem que será responsável pela execução.

O muro de mais de 2km é um projeto idealizado em parceria firmada sem contrato entre a universidade, a gestão do ex-prefeito e atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e pelo menos 44 empresas.

A região é um dos pontos de atenção de Doria. Na sexta-feira passada (10), a Sabesp anunciou que assinou quatro contratos que faltavam para levar adiante a promessa de Doria de despoluir o rio Pinheiros, que passa diante do muro da USP, até 2022 —entre outras coisas, foi preciso licitar a compra de pequenas estações de tratamento de esgoto para locais de ocupação irregular com difícil acesso.

A ideia do tucano é fazer do trecho da Marginal Pinheiros um “Porto Madero”, alusão à área de Buenos Aires recuperada da degradação e transformada em ponto turístico e de entretenimento

O cuidado com o muro da USP, porém, foi repassado. A assessoria do gabinete do governador disse que os projetos iniciados enquanto ele ainda era prefeito de São Paulo passaram naturalmente para a responsabilidade do vice-prefeito Bruno Covas (PSDB), que assumiu o cargo de titular.

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