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Comandante do Exército cria associação de defesa da corporação em meio ao escândalo das joias

O comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. (Foto: Reprodução)

O comandante do Exército, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, após o levante de críticas nas redes sociais e das investigações da Polícia Federal (PF) e da CPMI do dia 8 de Janeiro, emitiu uma ordem para afastar possíveis divisões internas e combater as críticas e ataques que o militarismo brasileiro vem sofrendo.

Tomás criou um grupo de trabalho que contará com a participação de coronéis e de generais para obter mais recursos para os sistemas de Saúde e de Colégios Militares e para moradias de famílias de membros do Exército.

O grupo também trabalhará para fortalecer a imagem e a reputação da Força, além de “buscar a ampliação de recursos orçamentários, por meio de créditos adicionais, emendas parlamentares, convênios com ministérios e outras parcerias de interesse do Exército”.

“Minha intenção é orientar, com oportunidade, por intermédio de articulação sinérgica, as ações a serem desenvolvidas pelo Exército, em diferentes níveis, para continuar o processo de fortalecimento da coesão interna, valorizando a Família Militar (…)”, disse o general já no início da ordem apresentada por ele.

As principais fontes dos desgastes da ala militar brasileira são relacionadas ao apoio dado por militares ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao envolvimento de alguns deles com esquemas supostamente fraudulentos que hoje são investigados pela Polícia Federal.

Por meio dessas diretrizes, Tomás busca selecionar duas questões identificadas pela liderança do Exército, segundo generais entrevistados pela Folha.

O primeiro desafio reside internamente. Diante do envolvimento de diversos militares em esquemas com Bolsonaro, agravado pela insatisfação de parte dos quadros militares devido à vitória eleitoral de Lula (PT), a alta cúpula do Exército reconheceu a necessidade de elevar o nível de contentamento das tropas.

O segundo problema é de natureza externa. De acordo com líderes militares, a imagem da instituição tem sofrido deterioração devido a atos ilícitos e posicionamentos públicos de oficiais que não representam condignamente o Exército. Casos como o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que permanece detido há mais de 3 meses, e do coronel Jean Lawand, que incitou ações contra o governo Lula, ilustram essa situação.

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