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Comissão do impeachment tem 36 parlamentares com pendências judiciais

Da Piauí:

A Câmara dos Deputados elegeu nesta quinta-feira, 17 de março, os integrantes da comissão especial que an
alisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O grupo reúne um total de 65 titulares.

Ao encerrar a votação que deu origem ao grupo, o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), destacou:

“A presidência da Câmara dos Deputados resolve convocar os membros da Comissão Especial destinada a dar parecer sobre a denúncia contra a senhora presidente da República por crime de responsabilidade”

A Lupa fez um levantamento junto ao projeto Excelências, da Transparência Brasil, para identificar quantos desses políticos têm “ocorrências com a Justiça ou com os Tribunais de Contas”. Isso quer dizer: quantos possuem inquéritos (investigações) em aberto ou ações em andamento nos tribunais de justiça, de contas ou eleitorais.

Dos 65 membros da comissão, 36 acumulam 155 ocorrências deste tipo, segundo as informações mais atuais disponíveis no projeto Excelências. Vinte e nove dos 65 políticos que analisarão o pedido de impeachment de Dilma não têm qualquer registro assim.

Seis partidos têm 100% de seus representantes na comissão com alguma ocorrência identificada. São eles: PP, PSD, PPS, PEN, PTN e PV. Dos oito deputados do PMDB na comissão, sete apresentam ocorrências. No PT, dos oito nomes eleitos, cinco têm ocorrências*. No PSDB, dos seis nomes, metade também acumula registros.

Não possuem ocorrências nos tribunais, segundo o Excelências, os deputados do PSOL, REDE, PHS, PMB, PTdoB, PROS, DEM e PCdoB, que completam a comissão. Os demais apresentam pelo menos um.

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