Como descobrimos a composição do Sol sem nunca ter ido até lá?

Mesmo sem jamais termos pisado no Sol, os cientistas conseguem identificar sua composição por meio da luz que ele emite. Utilizando um instrumento chamado espectroscópio, é possível decompor essa luz e identificar os elementos presentes com base em padrões específicos, como uma “impressão digital luminosa”. Foi assim que, ainda no século 19, descobriu-se a presença do hélio durante um eclipse solar, muito antes de o elemento ser identificado na Terra.
Hoje, com espectrômetros modernos e sondas espaciais como a Parker Solar Probe, da NASA, conseguimos medir com precisão a composição química do Sol: cerca de 74,9% de hidrogênio, 23,8% de hélio e pequenas quantidades de outros elementos como oxigênio e ferro. Esses dados são obtidos a partir de observações feitas da Terra com radiotelescópios e de instrumentos em sondas que se aproximam das camadas externas da estrela.
Saber do que o Sol é feito ajuda a compreender fenômenos como a fusão nuclear, que é a fonte da energia solar. Além disso, estudar sua atividade permite prever tempestades solares, que podem interferir em satélites, comunicações e redes elétricas na Terra.