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Como é o processo de transformar cinzas em diamante, como foi feito com Preta Gil

A cantora considerou ‘magnífica’ a ideia de transformar suas cinzas em diamantes. Foto: Reprodução

Amigos e familiares de Preta Gil cumpriram o último desejo da artista transformando suas cinzas em diamantes de laboratório. Doze pedras foram produzidas a partir do carbono presente nos restos mortais da cantora, que faleceu em julho vítima de câncer no intestino. “É algo a mais, algo para olhar e lembrar da pessoa querida”, explica Marcio Miyazaki, sócio da Stargen Diamonds, empresa envolvida no processo.

O procedimento utiliza nanotecnologia para recriar as condições naturais de formação dos diamantes. “É um diamante igual ao que a natureza produz. Genuíno, com as mesmas propriedades químicas e físicas”, afirma Mylena Cooper, CEO da The Diamond, responsável pela pedra da família. O carbono é purificado através de sucessivas queimas, transformado em grafite e submetido a pressões extremas.

O processo, que na natureza levaria milhões de anos, é concluído em cerca de 60 horas em laboratório. As cinzas da cantora foram divididas entre dois laboratórios: um em São Paulo, que produziu os diamantes para os amigos, e outro em Curitiba, responsável pela pedra da família. Os valores partem de R$ 3.800 por diamante.

Preta Gil havia manifestado interesse na transformação ao conhecer a tecnologia. Amigas próximas, que já tinham tatuagens de diamante como símbolo de amizade, receberam as pedras como lembrança eterna. “É igual diamante. Não quebra. A Preta é isso… Ninguém destrói, ninguém quebra”, emocionou-se Gominho.